Retrato do Minho

Mesmo no momento de fechar 2013 deixo um retrato do Minho, com enfoque nas cidades de Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão _cidades que integram o quadrilátero urbano_.  Agora imaginem que a estas maravilhas do Norte Português acrescem as cidades de: Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Terras de Bouro, Póvoa de Lanhoso e muitas outras que ainda não tive a felicidade de percorrer, e ainda bem porque assim o Minho ainda é um território cheio de lugares a encontrar. Fica a promessa de correr muito em 2014. Correr muito pelo Norte e por outros nortes.  E partilhar esses momentos e esses lugares.

Um Feliz 2014, cheio de encontros e muita arte. 

PORTUGUESES ATREVIDOTES

Os portugueses estão cada vez mais atrevidotes.

 Primeiro uma sociedade de advogadas resolveu quebrar o mandamento "não publicitarás" e criou um filme  publicitário muito à americana, fresco e nada ofensivo como muitos criticaram (sobretudo as más línguas).

E eis que surge um grupo de bombeiros dispostos a inovar também, muito inspirados nos bombeiros americanos, e lançam um calendário para 2014. A iniciativa tem fins solidários e a compra do calendário reverte para uma causa solidária. Polémicas e gostos à parte o importante é agir e parece-me que terminamos o ano mais atrevidotes e sem receio de juízos de valor. 2014 Promete.

Deixo o registo de um caso semelhante registado no cinema, onde um grupo de amigas, comandadas pela fabulosa Helen Mirren, desafiam os poderes instituídos e celebram a vida, e o corpo, num calendário cuja venda reverte para causas relacionadas com o cancro. Este sim vale a pena ver e rever muitas vezes.

A livraria mais bonita da cidade

A Livraria Centésima Página é a mais bonita livraria de Braga. Não é só um espaço de livros, tem muito mais. É um espaço muito agradável mesmo no centro da cidade, e com um jardim fantástico, que convida a pequenos almoços e almoços no jardim. Está sempre com novidades. Exposições de trabalhos e outras coisas muito bonitas e criativas que normalmente aparecem logo na montra. Gosto muito de ir à Centésima Página e vamos muitas vezes ao fim do dia. Uma espécie de pausa ao fim do dia e um ristreto, ou um chá, para garantir os níveis de cafeína.

Caminhar em Braga

Costumo queixar-me que Braga não tem um grande jardim, ou um grande rio e eis que neste fim de semana descobri a cidade de outra forma. Nem jardim nem rio são grandes, no entanto basta-me o som da água a correr e poder caminhar sem ver o fim do percurso.
 Ainda como testemunho do longo mandato de Mesquita Machado na Câmara Municipal de Braga fica uma zona pedonal que acompanha o rio este. E este fim de semana, que por lá passei duas vezes, vi muitas pessoas em caminhada, corrida ou a pedalar. Fica feito o reparo: em Braga é possível caminhar. Espero que a mudança politica na Câmara Municipal de Braga saiba reconhecer a importância deste percurso e o melhore, ou pelo menos que o mantenha.
Ainda não fizemos o percurso todo, fica para outro fim de semana.

Portugal no Norte

Das Minhas Músicas

Tenho andado de volta das minhas músicas de outros tempos. E encontrei esta que devo ter ouvido muitas vezes há quase 25 anos. E soa-me tanto à adolescência, e aos picnics com uma querida amiga, ao som de músicas da Tracy Chapmam no leitor de cassetes da minha irmã. Um best.

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O Porto aqui tão perto II; e a precisar tanto de reabilitação

As Cores do Outono no Norte

Todos os anos digo para mim mesma "tenho que parar para fotografar as folhas", e todos os anos acontecia a mesma coisa, vou subindo a rua para a Signinum e vou vendo as árvores a perder a folhagem até que não resta nada. Este ano parei, mesmo não tendo a máquina fotográfica certa e estando o tempo chuvoso e escuro. Ainda assim aqui deixo umas imagens das folhas das árvores deste Norte. E as cores são tão diferentes de árvore para árvore. E quanto mais olho mais encantada fico. Daqui a nada já não haverá cor, só galhos escuros, mas até lá vou andar de olhar certeiro à procura da folha certa, e da cor mais surpreendente. É bem colorido o Outono neste Norte de Portugal. Às vezes andamos tão cinzentos que não nos apercebemos destas cores.

Coimbra

Coimbra enche-se de turistas. 

O Porto aqui tão perto

Uma das coisas boas do meu trabalho na Signinum é o estar sempre em viagem,  assim como nunca saber muito bem onde é que o dia acaba. Hoje o dia passou pelo Porto.

Hoje em Braga

Castanhas lindas e boas

Apesar de eu ser natural de Torres Vedras a minha filha tem uma costela nortenha. A avó paterna nasceu no concelho de Vila Verde onde ainda tem família. De vez em quando subimos até ao pequeno lugar que medeia os concelhos de Vila Verde / Ponte de Lima e gostamos muito da viagem e da visita aos tios que por lá vivem.

Hoje, o lume já estava aceso, já se sentia a invernia a chegar, a água a jorrar por todo o lado.
 Esta é sem dúvida uma boa altura para se visitar o Norte de Portugal, ainda não faz demasiado frio, os campos já estão muito verdes e o sol ainda nos permite acreditar que é tempo de passeio.

Pois a visita de hoje levou-nos até aos castanheiros e às castanhas. Grande parte das castanhas já está no chão mas ainda dentro dos ouriços. Lançamo-nos na apanha e veio um cesto cheio de castanhas que vamos por à prova no jantar de hoje.

É muito bom andar por caminhos que não se encontram nos roteiros turísticos e esta tarde, a propósito de apanhar castanhas, entrámos mais um bocadinho no norte.
Bebemos o café delicioso que a tia Maria nos prepara sempre com muito carinho e ouvimos deliciados as histórias da ida a salto para França há muitos anos atrás. Hoje também se salta para o estrangeiro mas de outra forma e com outro saber. Naquela altura (década de 60) não se sabia ler e saltava-se literalmente para fora do país. O Tio A. foi um trabalhador exemplar (como muitos outros portugueses em França) e mostrou-nos cheio de orgulho a medalha que recebeu da Câmara Municipal de Paris.
Faz-me alguma confusão que se percam histórias de vida e por isso faço questão de as ouvir com muita atenção, pode ser que um dia eu as possa reproduzir.

Desfolhada

Mais um dia de descoberta neste norte onde escolhi viver. Hoje tive o privilégio de participar numa desfolhada. A acção passou-se no Mosteiro de Tibães, esse meu "mar" em Braga (um dia conto a história de como Tibães me colocou na rota do Património). A L. foi convidada para uma festa de anos de um colega da escola. A festa, organizada pela Vagamundo, era no Mosteiro de Tibães. Na hora H recebo a newsletter do Mosteiro de Tibães e vejo que a desfolhada estava marcada precisamente para a hora da festa. Estava o programa delineado. Comigo, arrastei a minha irmã acabadinha de chegar de Lisboa e foi uma tarde em cheio.

No meu oeste não éramos muito dados a milho. As terras que a família cultivava estavam mais cheias com vinha, batata, ervilhas (a pior de se apanhar, diz a minha irmã, porque aquilo estava sempre a dar), etc. Mas milho não, por isso quando ouvia as histórias dos fretes que os meus colegas faziam a apanhar o milho aquilo não me dizia nada.
Pois não foi frete nenhum passar a tarde a apanhar o milho. Confesso que ia preparada para me sentar numa eira a descamisar o milho e a ouvir umas senhoras, trajadas à minhota a cantar as modas do Minho. Nada disso, o milho sai limpinho do campo para o balde e depois para o tractor. Foi um convívio muito engraçado, com as pessoas que são de Tibães e com outros participantes de primeira desfolhada.
Houve tempo para comparações entre terras, qualidade e forma de "colher" o milho.

No final, houve sardinha assada e carne grelhada tudo bem regado e com broa da melhor. Fiquei a perceber porquê que a broa do Norte é tão boa e branquinha, afinal este milho também é branquinho. Ai e que me perdoem os meus conterrâneos mas a Broa do Minho é a melhor. Se alguém quiser, da próxima vez que for ao Oeste levo umas quantas.

Para o ano há mais, eu vou, e levo a família toda. E quem sabe para o ano me sai a maçaroca vermelha, hoje vi umas quantas, mas não me calhou nenhuma em sorte.

Sabedoria Popular

Hoje deparei-me com este provérbio "As palavras amáveis são favo de mel: doce ao paladar e força para os ossos". Tão verdade. Vou sentindo que no mundo o melhor, mesmo, são as pessoas e as palavras simpáticas.

A propósito de afirmações

Mar, Faça Chuva ou Faça Sol

Para contrariar o outono chuvoso de Braga, partilho a minha praia no Oeste fotografada no fim de semana passado.

Praia de Santa Rita a partir da esplanada Grão de areia

Batalha fotográfica por Braga

Andámos em batalha fotográfica por Braga. Cada uma com a sua máquina. O processo foi mais interessante do que o resultado. Divertimos-nos, enquanto a L. disparava em todas as direcções: montras, casas, calçada, eu fotografava-a sobretudo a ela. E nem faltou a típica fotografia: tu fotografas-me a mim e eu a ti. Aqui ficam uns pormenores desta Braga, meu Norte.