sábado, 26 de outubro de 2013

Desfolhada



Mais um dia de descoberta neste norte onde escolhi viver. Hoje tive o privilégio de participar numa desfolhada. A acção passou-se no Mosteiro de Tibães, esse meu "mar" em Braga (um dia conto a história de como Tibães me colocou na rota do Património). A L. foi convidada para uma festa de anos de um colega da escola. A festa, organizada pela Vagamundo, era no Mosteiro de Tibães. Na hora H recebo a newsletter do Mosteiro de Tibães e vejo que a desfolhada estava marcada precisamente para a hora da festa. Estava o programa delineado. Comigo, arrastei a minha irmã acabadinha de chegar de Lisboa e foi uma tarde em cheio.

No meu oeste não éramos muito dados a milho. As terras que a família cultivava estavam mais cheias com vinha, batata, ervilhas (a pior de se apanhar, diz a minha irmã, porque aquilo estava sempre a dar), etc. Mas milho não, por isso quando ouvia as histórias dos fretes que os meus colegas faziam a apanhar o milho aquilo não me dizia nada.
Pois não foi frete nenhum passar a tarde a apanhar o milho. Confesso que ia preparada para me sentar numa eira a descamisar o milho e a ouvir umas senhoras, trajadas à minhota a cantar as modas do Minho. Nada disso, o milho sai limpinho do campo para o balde e depois para o tractor. Foi um convívio muito engraçado, com as pessoas que são de Tibães e com outros participantes de primeira desfolhada.
Houve tempo para comparações entre terras, qualidade e forma de "colher" o milho.

No final, houve sardinha assada e carne grelhada tudo bem regado e com broa da melhor. Fiquei a perceber porquê que a broa do Norte é tão boa e branquinha, afinal este milho também é branquinho. Ai e que me perdoem os meus conterrâneos mas a Broa do Minho é a melhor. Se alguém quiser, da próxima vez que for ao Oeste levo umas quantas.

Para o ano há mais, eu vou, e levo a família toda. E quem sabe para o ano me sai a maçaroca vermelha, hoje vi umas quantas, mas não me calhou nenhuma em sorte.



















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