domingo, 27 de outubro de 2013

Castanhas lindas e boas

Apesar de eu ser natural de Torres Vedras a minha filha tem uma costela nortenha. A avó paterna nasceu no concelho de Vila Verde onde ainda tem família. De vez em quando subimos até ao pequeno lugar que medeia os concelhos de Vila Verde / Ponte de Lima e gostamos muito da viagem e da visita aos tios que por lá vivem.

Hoje, o lume já estava aceso, já se sentia a invernia a chegar, a água a jorrar por todo o lado.
 Esta é sem dúvida uma boa altura para se visitar o Norte de Portugal, ainda não faz demasiado frio, os campos já estão muito verdes e o sol ainda nos permite acreditar que é tempo de passeio.

Pois a visita de hoje levou-nos até aos castanheiros e às castanhas. Grande parte das castanhas já está no chão mas ainda dentro dos ouriços. Lançamo-nos na apanha e veio um cesto cheio de castanhas que vamos por à prova no jantar de hoje.

É muito bom andar por caminhos que não se encontram nos roteiros turísticos e esta tarde, a propósito de apanhar castanhas, entrámos mais um bocadinho no norte.
Bebemos o café delicioso que a tia Maria nos prepara sempre com muito carinho e ouvimos deliciados as histórias da ida a salto para França há muitos anos atrás. Hoje também se salta para o estrangeiro mas de outra forma e com outro saber. Naquela altura (década de 60) não se sabia ler e saltava-se literalmente para fora do país. O Tio A. foi um trabalhador exemplar (como muitos outros portugueses em França) e mostrou-nos cheio de orgulho a medalha que recebeu da Câmara Municipal de Paris.
Faz-me alguma confusão que se percam histórias de vida e por isso faço questão de as ouvir com muita atenção, pode ser que um dia eu as possa reproduzir.








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